Sobre a Neurologia

A Neurologia surgiu como uma especialidade da Medicina Interna, durante a segunda metade do século XIX, no hospital Salpêtrière, em Paris, França, com o médico Jean-Martin Charcot. Pode-se dizer que, graças a ele a Neurologia se desenvolveu e passou a ser lecionada no ensino universitário da França, por isso que Charcot é considerado o “Pai da Neurologia” tendo influenciado todo o mundo, inclusive na formação da escola brasileira de neurologia, sendo este período considerado o pré-clássico da história.

No início do século XX, inaugura-se a época clássica da Neuroliga Brasileira com o surgimento da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Passados os anos, com o início da industrialização no país, surgiram lideranças científicas pelo Brasil que se desdobraram em outras, muitas de reconhecida autoridade acadêmica, expressa por meio de sua produção científica. Desse modo, escolas precursoras neurológicas baiana, gaúcha, mineira, paulista, paranaense e pernambucana passaram a ser tidas como as lideranças iniciais do país. Na metade do século XX, a dita época moderna da Neurologia brasileira teve por escopo a reformulação do ensino superior, a primazia dos departamentos e da própria Neurologia, além do rápido avanço tecnológico, da criação da ABN (Academia Brasileira de Neurologia), fundada na cidade do Rio de Janeiro em 1962.

De forma gradual, a Neurologia foi se desenvolvendo, incorporando novas técnicas, a nosologia (área da medicina que se dedica ao estudo, descrição e classificação das diferentes doenças) e a nosografia (Representação escrita, exposição, descrição ou classificação das doenças, passaram a ter um apoio mais imuno-genético-metabólico. Novas técnicas diagnósticas se associaram, tendo imensa repercussão a neuroimagem (tomografia, cintilografia e a ressonância magnética) Na era pós-moderna da Neurologia no Brasil foi se constituindo nas últimas décadas do século XX em razão de grandes mudanças tecnológicas, dentre eles: projeto genoma, revolução da informática e comunicação, estilo de liderança, mudança de paradigmas do ensino-aprendizagem.

No final do mencionado passado, ocorreu a década do cérebro. Avanços extraordinários no campo da genética e da genômica estão revolucionando a prática da Medicina. Atualmente, a neurologia é definida como a área que estuda, as doenças que afetam o Sistema Nervoso Central (composto pelo encéfalo e pela medula espinal) e do Sistema Nervoso Periférico (composto pelos nervos e músculos e de seus envoltórios que são as meninges), o médico neurologista, por sua vez, é o especialista que diagnostica e trata destas doenças. As doenças comumente tratadas pelo neurologista são: . Cefaleias ou dores de cabeça; . Distúrbios do sono (insônia, excesso de sono, sono não restaurador, ronco, apneia do sono); . Doenças cérebro-vasculares (AVC) ou “derrames”; .Distúrbios do movimento (como tremores, tics e doença de Parkinson); .Demências (como por exemplo: a doença de Alzheimer); . Doenças desmielinizantes (como a Esclerose Múltipla); .Neuropatias periféricas (como a diabética); .Doenças musculares e de junção (como a Miastenia Gravis); .Desmaios, crises convulsivas e epilepsias; .Tonturas e vertigens; .Infecções do sistema nervoso (como meningites e encefalites); .Tumores; .Doenças degenerativas; .Déficit de atenção e hiperatividade e depressão; .Formigamentos, perda de memória, confusão, perda de força, alteração na visão, mudança de comportamento, etc. Ressalte-se, também, que o neurologista tem interface com o psiquiatra e trata de casos como: depressão, ansiedade, irritabilidade, pânico, etc.

Isso se explica porque os neurologistas através de alta resolução ressonância magnética do cérebro e estudos de neuroimagem funcional, conseguem descrever uma diminuição da atividade cerebral além do volume de formação do hipocampo, a amígdala, córtex entorrinal,várias estruturas do lobo frontal, e gânglios basais, além anormal do fluxo sanguíneo cerebral e actividade metabólica nestas estruturas bem como nos núcleos talâmico, ou seja, há uma diminuiçao no tamanho do cerébro afetando determinadas áreas e consequentemente desdecandeando em alteraçoes estruturais e funcionais.

Pode-se dizer ainda, que essas alterações estruturais e funcionais semelhantes foram identificadas em pacientes com depressão associadas com uma variedade de distúrbios neurológicos (isto é, acidente vascular cerebral, doença, epilepsia, demência de Alzheimer de Parkinson). Além disso, pesquisas mais recentes mostraram que a depressão é um fator de risco para o desenvolvimento de várias perturbações neurológicas, incluindo epilepsia, acidente vascular cerebral,e doença de Parkinson e carrega um impacto negativo sobre o curso eo resultado da maioria dos distúrbios neurológicos. Portanto, vários dados e evidencias demonstram que a depressão é de fato um distúrbio neurológico com manifestão psiquiátrica. pois as doenças psiquiátricas na verdade tem bases neurológicas com aterações de atividade , volume, estrutura e funções cerebrais. E isso se deve unicamente ao fato de que a consciência, o comportamento, as emoções e outras tantas funções provêm do cérebro.

Não podemos olvidar também de falar sobre a Neurologia Cognitiva e do Comportamento, que é uma subespecialidade da neurologia, a qual os neurologistas estudam as patologias que afetam direta ou indiretamente o funcionamento dos sistemas cognitivos e o comportamento. Pode-se dizer que as demências são as principais condições clínicas atendidas pela Neurologia Cognitiva e do Comportamento, além de doenças como: Acidentes Vasculares Cerebrais, Epilepsia, Cefaléias, Tumores do Cérebro, Neuropatias Periféricas, Parkinson e também na Doença de Alzheimer, a principal entidade do campo da Neurologia Cognitiva e Comportamental avançaram consideravelmente nos últimos tempos. Cada vez mais os neurologistas entendem melhor as bases moleculares e genéticas envolvidas no surgimento e desenvolvimento das doenças neurológicas, esperando atingir o ponto em que alcançarão intervenções efetivas, capazes de modificar significativamente a progressão das patologias estudadas. Um exemplo de esforço internacional nesse sentido é a Alzheimer. Por meio das pesquisas desenvolvidas, os neurologistas têm conhecimento que a deposição das proteínas relacionadas à doença de Alzheimer começa anos antes dos primeiros sintomas e isso pode ser detectado com testes específicos e o próximo passo será criar medicamentos e técnicas que retardem o aparecimento da doença . Além disso, existem algumas doenças que comprometem primariamente os mecanismos da cognição e do comportamento. Entre elas, citamos a demência de Alzheimer, a demência com Corpos de Lewy e a família de patologias englobadas no que se denomina Degeneração Lobar Frontotemporal.

Há também doenças que afetam inicialmente outros aspectos do sistema nervoso e que, com o tempo, repercutem sobre as funções cognitivas, como: doenças vasculares cerebrais, a doença de Parkinson, a doença de Huntington, infecções como a sífilis e a AIDS, algumas formas de epilepsia e doenças desmielinizantes. Todas estas doenças são objeto de estudo da Neurologia Cognitiva e do Comportamento pelos neurologistas. A neurologia é pautada em sinais, sendo o neurologista capaz de examinar o paciente e localizar quais as áreas do sistema nervoso afetadas pela doença com base nos sinais observados ao exame. Os sintomas motores e as alterações de linguagem foram as primeiras funções cerebrais a serem especificamente relacionadas aos danos em regiões específicas do sistema nervoso. Os primeiros insights foram obtidos através do estudo de pessoas que tinham sofrido uma lesão cerebral restrita a uma área e os sintomas que apresentaram foram correlacionados a essas áreas. No campo da neurologia cognitiva, o mesmo tipo de abordagem era um pouco mais difícil devido à integração dos sistemas cognitivos. Atualmente com o desenvolvimento de metodologias que permitem o estudo das funções mentais, cada vez mais, os neurologistas são capazes de associar dificuldades do processamento mental a regiões específicas do cérebro ou redes funcionais. Os sinais e sintomas que sugerem uma doença neurológica são muito variados e podem ocorrer de forma isolada ou combinada. Tais sintomas e sinais neurológicos são principalmente: alterações psíquicas (distúrbios da consciência, do comportamento, da atenção, da memória, da organização do pensamento, da linguagem, da percepção e da organização de atos complexos, retardo do desenvolvimento neuropsicomotor e involução neuropsicomotora); alterações motoras (déficit de força muscular ou paralisias nos diferentes segmentos corporais, distúrbios da coordenação e do equilíbrio, movimentos involuntários, por ex. tremores, e outras); alterações da sensibilidade (anestesias, formigamentos, etc.); alterações da função dos nervos do crânio e da face (olfação, visão, movimentos dos olhos, audição, mastigação, gustação, deglutição, fala, movimentação da língua, do ombro e do pescoço); manifestações endócrinas por comprometimento do hipotálamo ou hipófise, que são as áreas do Sistema Nervoso que controlam as glândulas endócrinas (atraso de crescimento, puberdade precoce, diabetes insipidus, e outras); alterações dependentes da função do sistema nervoso autônomo (cardiovasculares, respiratórias, digestivas, da sudorese, do controle de esfíncters anal e vesical e outras); manifestações devidas ao aumento da pressão intracraniana, em decorrência do aumento de volume de um dos três componentes que ocupam a caixa craniana (tecido cerebral, vasos sangüíneos cerebrais ou líquido cefalorraquidiano), tais como dor de cabeça e vômitos; crises epilépticas, com ou sem convulsões motoras, com ou sem alterações da consciência; manifestações de comprometimento das meninges, principalmente rigidez de nuca. Por sua vez, as doenças neurológicas podem ter diferentes origens: genética ou hereditária; congênita, ou seja, dependente de um distúrbio do desenvolvimento embrionário ou fetal do Sistema Nervoso Central ou Periférico; adquirida, ou seja, ocorrendo, com maior ou menor influência do ambiente, ao longo dos diferentes períodos da vida, desde o nascimento até a velhice. Portanto, a neurologia cognitiva e do comportamento é um campo de grande crescimento nas neurociências (a neurociência, é a mais recente subespecialidade da neurologia), designada pelos neurologistas para entender mais sobre as pessoas, ou seja, o comportamento, o afeto e emoções, o meio de pensar e os modos de agir, e ajudar a conectar as lesões estruturais com a anormalidades “da alma”. As descobertas sobre o funcionamento dos domínios cognitivos no indivíduo normal e o comprometimento desses domínios nas diversas patologias têm formado um extenso campo de conhecimento e de prática clínica com sua propedêutica específica.

Cada vez mais, o neurologista especializado em neurologia é procurado pelo atendimento diferenciado que pode oferecer tratamentos avançados como é o caso da neuromodulação cerebral não invasiva com com o uso de tecnologias como a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) e a Estimulação Transcraniana de Corrente Continua: A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) É um método não-invasivo de estimulação do cérebro que se baseia na indução electromagnética usando uma bobina de isolamento colocada sobre o couro cabeludo, direcionada para estimular área específicas do cérebro como na regulação do humor. O uso da Estimulação Magnética Transcraniana deve ser utilizada pelo médico neurologista ou psiquiatra.

A Estimulação Magnética Transcranian é um procedimento seguro, praticamente indolor sendo um tratamento eficaz para pacientes com depressão que não se beneficiaram com medicamentos antidepressivos ou não toleram antidepressivos devido a efeitos colaterais, bem como pacientes com Doença de parkinson, bipolaridade etc… que não vêm respondendo ao tratamento com medicamentos. A intensidade do estímulo são regulados de acordo com as necessidades individuais do paciente e as contra- indicações principalmente de ordem neurológicas devem ser avaliados pelo médico neurologista, caso a caso.

Estimulação Transcraniana de Corrente Continua (ETCC): É uma técnica que deve ser aplicada pelo médico neurologista, que consiste em estimulação não invasiva indolor no cérebro através de correntes elétricas que estimulam partes específicas do mesmo.A baixa corrente de intensidade constante é passado através de dois eletrodos colocados sobre a cabeça que modula a atividade neuronal. Existem dois tipos de estimulação com ETCC: anódica e a estimulação catódica. Estimulação anodal atua para estimular a atividade neuronal, enquanto a estimulação catódica inibe ou reduz a atividade neuronal. Os efeitos colaterais são mínimos, muito utilizado para tratamento de condições neuropsiquiátricos tais como depressão, ansiedade, doença de Parkinson, dor crónica e AVC.

Fonte: Dr Rafael Higashi (http://drrafaelhigashi.lib.med.br)

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Milhares de mulheres convivem diariamente com a informação de serem portadoras de uma doença chamada Miomatose Uterina. O mioma é um tumor benigno de músculo liso que aparece preferencialmente no útero, e em apenas 0,5% dos casos pode se tornar câncer. Cerca de 30 a 40% das mulheres com mais de 50 anos possuem um ou mais miomas, que podem se localizar em 3 diferentes regiões do útero: na cavidade (mioma submucoso), no músculo (intramural) ou abaixo do revestimento externo do útero (subseroso).

Realizamos a retirada dos miomas submucosos através da cirurgia chamada histeroscopia cirúrgica. Neste procedimento introduzimos uma ótica acoplada a uma câmera pelo colo de útero, localizamos o mioma, e com auxílio de um sistema de corte, ressecamos completamente o mioma. A alta hospitalar costuma ser no mesmo dia, e a paciente pode voltar as suas atividades habitualmente no dia seguinte.

A endometriose é uma doença inflamatória provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero) que, em vez de serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.

Os primeiros estudos sobre a prevalência da endometriose na população em idade reprodutiva são entre os 40 e 50 anos, e mostram, até hoje, variação entre 1 e 50% dos casos, o que significa dados científicos conflitantes e sem conclusão. O verdadeiro perfil da portadora de endometriose é impreciso, embora exista consenso de que a doença está presente entre 10 e 15% das mulheres em idade reprodutiva, podendo alcançar 50% dos casos em pacientes inférteis ou com dor pélvica crônica.

O exame ginecológico clínico que realizamos é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos exames laboratoriais e de imagem como, visualização das lesões por laparoscopia, ultrassom, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral que se altera nos casos mais avançados da doença.

As infecções genitais são todas e quaisquer doenças, causadas por agentes infecciosos externos, que afetam o órgão genital, e atualmente, as que mais preocupam as mulheres e as levam a recorrer ao ginecologista. Os sintomas são variados como, dor ao ardor ao urinar, dor durante as relações sexuais, coceira na região, corrimento e vermelhidão em toda a área.

As causas são diversas, mas as principais são através de relações sexuais sem preservativo; múltiplos parceiros sexuais; ingestão de antibióticos ou imunossupressores; lavagem excessiva da região genital; contaminação através das fezes e alterações hormonais.

O principal caminho para diagnosticar a infecção é através de exames complementares, como o Papanicolaou, pesquisa do HPV, da chlamidia e do gonococo que realizamos no consultório. O tratamento vai depender do que a originou, se foi um fungo, bactéria, vírus ou protozoário.

TPM

Muitas mulheres não sabem, mas a temida tensão pré-menstrual – TPM – é algo sério que em muitos casos deve ser tratada. A TPM é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual podendo ser tão severos que interfiram significativamente na saúde biológica e psicológica.

Os sintomas variam desde inchaço, retenção de líquidos a irritação, crises de choro, entre outros. Quando os sintomas persistem, não se trata da síndrome de TPM, que está diretamente relacionada com a produção dos hormônios femininos.

A concentração dos hormônios sexuais varia no decorrer do ciclo menstrual. Assim que termina a menstruação, tem início a produção de estrógeno, que atinge seu pico ao redor do 14º dia do ciclo, quando começa a cair e a aumentar a produção de progesterona. O nível desses dois hormônios, porém, praticamente chega a zero durante a menstruação.

O tratamento vai depender da severidade dos sintomas, incluindo modificações alimentares, comportamentais e tratamentos com medicamento.

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é causada pelo desequilíbrio na produção dos hormônios sexuais femininos, que pode causar alterações no ciclo menstrual, na pele, nas unhas, nos cabelos, na voz, nos pelos, pequenos cistos nos ovários, dificuldade para engravidar, entre outros problemas.

Os sintomas da SOP são: aumento do volume ovariano, ausência ou irregularidade da menstruação, ausência de ovulação, aumento de peso, aparecimento de acne, hirsutismo (aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen) e problemas com a fertilidade.

Como se trata de uma doença crônica, o tratamento é sintomático. Obesas, com pelos no rosto e no corpo e acne precisam emagrecer. Se o caso não se tratar de obesidade, o correto é controlar a produção de hormônios masculinos, o que se consegue por meio de pílulas anticoncepcionais. Nos casos de infertilidade, pode-se estimular os ovários com o uso de medicamentos, e ainda, fazer a cauterização dos cistos por laparoscopia.

DST

As doenças sexualmente transmissíveis (DST), são doenças que podem ser causadas por vários tipos de agentes. São transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso do preservativo, com uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução. Outras, necessitam de um tratamento mais específico, pois podem persistir ativas, mesmo com a sensação de melhora. As mulheres, em especial, devem ser bastante cuidadosas, já que, em diversos casos de DST, não é fácil distinguir os sintomas das reações orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher consultas periódicas ao médico.

Algumas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e até a morte.

A infertilidade é um problema sério que atinge cerca de 15% dos casais. Uma doença dos órgãos reprodutivos que afeta homens e mulheres, impedindo uma das funções mais básicas do corpo: capacidade de ter filhos.

As causas de infertilidade são diversas, tendo as principais como: aumento da prolactina, alteração da tireoide, idade avançada, miomas, obstrução tubária, endometriose, síndrome dos ovários policístico (SOP), problemas ovulatórios e falência ovariana prematura.

Após uma avaliação inicial da história ginecológica, ciclos menstruais e ultrassonografia transvaginal, será solicitado perfil hormonal para avaliação de reserva ovariana e a histerossalpingografia. Assim, podendo identificar a causa de infertilidade e o melhor tratamento para a mulher.

As doenças da mama englobam uma ampla variedade de patologias benignas e malignas. A principal queixa da mulher em consulta médica é dor mamária (mastalgia) seguida de nódulo. É comum a paciente procurar o médico para prevenir o câncer de mama ou com muitas dúvidas sobre o assunto.

Quando a mulher nota alterações funcionais da mama, anomalias no desenvolvimento e mastites, é importante anotar dados sobre identificação, antecedentes pessoais e familiares. Além destes, deve ser levado em consideração a faixa etária, histórico familiar de câncer, história ginecológica e obstétrica, doenças benignas prévias, uso de hormônios, nutrição e obesidade. Com isso, a mamografia se torna essencial e o principal método de diagnóstico por imagem na detecção, diagnóstico e no planejamento terapêutico das doenças mamárias.

O câncer no aparelho genital é a presença de tumores maligno localizados no útero, vagina, mama, tuba uterina, ovário e/ou na vulva. A detecção da lesão na fase inicial e o encaminhamento para o tratamento podem garantir a recuperação plena da paciente. Por isso, é muito importante que a mulher esteja sempre muito atenta ao seu corpo e frente a qualquer sintoma suspeito persistente.

Alguns dos fatores de risco para o câncer ginecológico são: histórico familiar, idade, obesidade, hipertensão, diabetes, início da atividade sexual precoce, ausência de gestações e as doenças sexualmente transmissíveis (DST). Toda mulher precisa estar consciente de que o exame de Papanicolaou e a pesquisa do vírus HPV realizado periodicamente, representa uma estratégia de rastreamento do câncer ginecológico (colo uterino), sem contar o fator prevenção.

Os métodos contraceptivos permitem a vivência da sexualidade de forma saudável e segura. O preservativo é o único método que, simultaneamente, protege contra as infecções de transmissão sexual. Mas, atualmente, existem diversos métodos, incluindo: contracepção hormonal oral, contracepção hormonal injetável, implante, adesivo, dispositivo intrauterinos, preservativo masculino, preservativo feminino, diafragma, anel vaginal, métodos cirúrgicos, espermicidas, abstinência periódica e a contracepção de emergência.

O grau de eficácia varia de método para método. Em alguns casos, como com a pílula e o preservativo, o grau de eficácia depende da forma correta e continuada de utilização do método. Alguns possuem contraindicações e efeitos colaterais. Assim, nenhum contraceptivo é o ideal para todas as pessoas, sendo necessário que a mulher procure a nossa orientação para utilizar aquele que será melhor para o seu organismo.

A menopausa é o período fisiológico após a última menstruação da mulher, em que estão encerrados os ciclos menstruais ovulatórios. O início da menopausa só pode ser considerado um ano após o último fluxo menstrual, que geralmente acontece em torno dos 48 aos 50 anos de idade.

Nesta fase, algumas mulheres podem sentir ondas de calor, acompanhadas de transpiração, tonturas e palpitações; suores noturnos prejudicando o sono; depressão ou irritabilidade; alterações nos órgãos sexuais, como coceira, secura da mucosa vaginal; distúrbios menstruais; diminuição da libido; desconforto durante as relações sexuais; diminuição do tamanho das mamas e perda da firmeza; diminuição da elasticidade da pele, principalmente da face e pescoço; aumento da gordura circulante no sangue; aumento da porosidade dos ossos tornando-os mais frágeis.

Por isso, é de extrema importância que a mulher se prepare para esse período, adotando uma dieta saudável desde cedo, praticando exercícios e evitando hábitos nocivos, como fumar e abusar de bebidas alcoólicas e não deixar de comparecer nas consultas com o ginecologista.

O climatério representa a transição da vida reprodutiva para a não reprodutiva, caracterizado por alterações metabólicas e hormonais que trazem mudanças envolvendo o contexto psicossocial. Dentro deste período de tempo, é possível dividi-lo nos períodos: pré-menopausa, perimenopausa e pós-menopausa.

Devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários, a insuficiência ovariana é secundária ao esgotamento dos folículos primordiais que constituem o patrimônio genético de cada mulher. A diminuição dos níveis hormonais é um fato que ocorre com todas as mulheres e se inicia ao redor dos 40 anos.

Os sintomas do climatério apresentam prevalência extremamente variável, sofrendo interferências de fatores como dieta, do clima e até, impacto emocional causado pelas mudanças. De cada quatro mulheres, pelo menos três experimentam sintomas desagradáveis no climatério. As ondas de calor resultantes de sintomas vasomotores são os mais típicos; estão presentes em 60% a 75% delas.

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