Sobre a Dermatologia

O que é a Dermatologia?

Dermatologia é uma especialização médica cuja área de conhecimento se concentra no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças e afecções relacionadas à pele, pelos, mucosas, cabelo e unhas.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia é a única sociedade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), sendo, portanto, a representante oficial dos Dermatologistas no país.

Quem é o dermatologista?

O dermatologista é o médico especialista no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças da pele, pelos, mucosas, cabelos e unhas. São mais de 3.000 doenças dermatológicas que afetam a pele de crianças, adultos e idosos.

O dermatologista atua no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças, além de orientar sobre cuidados gerais, solucionar problemas estéticos e trabalhar na manutenção da beleza da pele. Veja algumas doenças que os dermatologistas tratam: acne (espinhas), alergias, vitiligo, psoríase, queda de cabelos, hanseníase (lepra) e câncer da pele.

O profissional  também é habilitado para tratar de doenças nas mucosas, como afecções na boca, lábios, gengiva, língua e também na área genital. Neste caso enquadram-se as doenças sexualmente transmissíveis (DST) ou doenças venéreas.

O que é preciso para se tornar um dermatologista?

É preciso graduar-se em Medicina, um  curso que compreende seis anos de estudo em período integral. Os médicos formados, para se tornarem especialistas, fazem um curso de especialização ou de residência médica. No caso da Dermatologia, o curso dura de três a quatro anos, em período integral.

Nesta etapa, os médicos atendem pacientes e aprendem sobre todo tipo de doença de pele. Familiarizam-se com os tratamentos clínicos, cosmiátricos, laser, oncológicos e cirúrgicos que envolvam a pele e seus anexos. São quase nove mil horas de estudo, apenas na residência, para tornar o médico apto a tratar e diagnosticar as diversas doenças e problemas da pele e de suas extensões.

Ao final desta etapa, o médico necessita registrar-se no Conselho Federal de Medicina como especialista em Dermatologia para oficialmente ser considerado especialista.

Existem duas formas de obter a especialização:

  1. Ter concluído um curso de residência em Dermatologia reconhecido pela SBD e CNRM (Comissão Nacional de Residência Médica);
  2. Ter concluído especialização em Dermatologia reconhecida pela SBD e ser aprovado em concurso de prova de título e habilidades das Sociedades de especialidades filiadas à AMB (Associação Médica Brasileira). No caso da Dermatologia, a prova de Título de Especialista em Dermatologia da SBD.

Todos os aprovados e os que concluíram a residência devem registrar os certificados nos Conselhos de Medicina de seus estados para obter o chamado Registro de Qualificação de Especialista (RQE). SOMENTE COM ESTE REGISTRO O MÉDICO PODERÁ SER CONSIDERADO ESPECIALISTA, SEJA EM DERMATOLOGIA OU QUALQUER OUTRA ÁREA.

Saiba mais sobre…

Milhares de mulheres convivem diariamente com a informação de serem portadoras de uma doença chamada Miomatose Uterina. O mioma é um tumor benigno de músculo liso que aparece preferencialmente no útero, e em apenas 0,5% dos casos pode se tornar câncer. Cerca de 30 a 40% das mulheres com mais de 50 anos possuem um ou mais miomas, que podem se localizar em 3 diferentes regiões do útero: na cavidade (mioma submucoso), no músculo (intramural) ou abaixo do revestimento externo do útero (subseroso).

Realizamos a retirada dos miomas submucosos através da cirurgia chamada histeroscopia cirúrgica. Neste procedimento introduzimos uma ótica acoplada a uma câmera pelo colo de útero, localizamos o mioma, e com auxílio de um sistema de corte, ressecamos completamente o mioma. A alta hospitalar costuma ser no mesmo dia, e a paciente pode voltar as suas atividades habitualmente no dia seguinte.

A endometriose é uma doença inflamatória provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero) que, em vez de serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.

Os primeiros estudos sobre a prevalência da endometriose na população em idade reprodutiva são entre os 40 e 50 anos, e mostram, até hoje, variação entre 1 e 50% dos casos, o que significa dados científicos conflitantes e sem conclusão. O verdadeiro perfil da portadora de endometriose é impreciso, embora exista consenso de que a doença está presente entre 10 e 15% das mulheres em idade reprodutiva, podendo alcançar 50% dos casos em pacientes inférteis ou com dor pélvica crônica.

O exame ginecológico clínico que realizamos é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos exames laboratoriais e de imagem como, visualização das lesões por laparoscopia, ultrassom, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral que se altera nos casos mais avançados da doença.

As infecções genitais são todas e quaisquer doenças, causadas por agentes infecciosos externos, que afetam o órgão genital, e atualmente, as que mais preocupam as mulheres e as levam a recorrer ao ginecologista. Os sintomas são variados como, dor ao ardor ao urinar, dor durante as relações sexuais, coceira na região, corrimento e vermelhidão em toda a área.

As causas são diversas, mas as principais são através de relações sexuais sem preservativo; múltiplos parceiros sexuais; ingestão de antibióticos ou imunossupressores; lavagem excessiva da região genital; contaminação através das fezes e alterações hormonais.

O principal caminho para diagnosticar a infecção é através de exames complementares, como o Papanicolaou, pesquisa do HPV, da chlamidia e do gonococo que realizamos no consultório. O tratamento vai depender do que a originou, se foi um fungo, bactéria, vírus ou protozoário.

TPM

Muitas mulheres não sabem, mas a temida tensão pré-menstrual – TPM – é algo sério que em muitos casos deve ser tratada. A TPM é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual podendo ser tão severos que interfiram significativamente na saúde biológica e psicológica.

Os sintomas variam desde inchaço, retenção de líquidos a irritação, crises de choro, entre outros. Quando os sintomas persistem, não se trata da síndrome de TPM, que está diretamente relacionada com a produção dos hormônios femininos.

A concentração dos hormônios sexuais varia no decorrer do ciclo menstrual. Assim que termina a menstruação, tem início a produção de estrógeno, que atinge seu pico ao redor do 14º dia do ciclo, quando começa a cair e a aumentar a produção de progesterona. O nível desses dois hormônios, porém, praticamente chega a zero durante a menstruação.

O tratamento vai depender da severidade dos sintomas, incluindo modificações alimentares, comportamentais e tratamentos com medicamento.

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é causada pelo desequilíbrio na produção dos hormônios sexuais femininos, que pode causar alterações no ciclo menstrual, na pele, nas unhas, nos cabelos, na voz, nos pelos, pequenos cistos nos ovários, dificuldade para engravidar, entre outros problemas.

Os sintomas da SOP são: aumento do volume ovariano, ausência ou irregularidade da menstruação, ausência de ovulação, aumento de peso, aparecimento de acne, hirsutismo (aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen) e problemas com a fertilidade.

Como se trata de uma doença crônica, o tratamento é sintomático. Obesas, com pelos no rosto e no corpo e acne precisam emagrecer. Se o caso não se tratar de obesidade, o correto é controlar a produção de hormônios masculinos, o que se consegue por meio de pílulas anticoncepcionais. Nos casos de infertilidade, pode-se estimular os ovários com o uso de medicamentos, e ainda, fazer a cauterização dos cistos por laparoscopia.

DST

As doenças sexualmente transmissíveis (DST), são doenças que podem ser causadas por vários tipos de agentes. São transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso do preservativo, com uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução. Outras, necessitam de um tratamento mais específico, pois podem persistir ativas, mesmo com a sensação de melhora. As mulheres, em especial, devem ser bastante cuidadosas, já que, em diversos casos de DST, não é fácil distinguir os sintomas das reações orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher consultas periódicas ao médico.

Algumas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e até a morte.

A infertilidade é um problema sério que atinge cerca de 15% dos casais. Uma doença dos órgãos reprodutivos que afeta homens e mulheres, impedindo uma das funções mais básicas do corpo: capacidade de ter filhos.

As causas de infertilidade são diversas, tendo as principais como: aumento da prolactina, alteração da tireoide, idade avançada, miomas, obstrução tubária, endometriose, síndrome dos ovários policístico (SOP), problemas ovulatórios e falência ovariana prematura.

Após uma avaliação inicial da história ginecológica, ciclos menstruais e ultrassonografia transvaginal, será solicitado perfil hormonal para avaliação de reserva ovariana e a histerossalpingografia. Assim, podendo identificar a causa de infertilidade e o melhor tratamento para a mulher.

As doenças da mama englobam uma ampla variedade de patologias benignas e malignas. A principal queixa da mulher em consulta médica é dor mamária (mastalgia) seguida de nódulo. É comum a paciente procurar o médico para prevenir o câncer de mama ou com muitas dúvidas sobre o assunto.

Quando a mulher nota alterações funcionais da mama, anomalias no desenvolvimento e mastites, é importante anotar dados sobre identificação, antecedentes pessoais e familiares. Além destes, deve ser levado em consideração a faixa etária, histórico familiar de câncer, história ginecológica e obstétrica, doenças benignas prévias, uso de hormônios, nutrição e obesidade. Com isso, a mamografia se torna essencial e o principal método de diagnóstico por imagem na detecção, diagnóstico e no planejamento terapêutico das doenças mamárias.

O câncer no aparelho genital é a presença de tumores maligno localizados no útero, vagina, mama, tuba uterina, ovário e/ou na vulva. A detecção da lesão na fase inicial e o encaminhamento para o tratamento podem garantir a recuperação plena da paciente. Por isso, é muito importante que a mulher esteja sempre muito atenta ao seu corpo e frente a qualquer sintoma suspeito persistente.

Alguns dos fatores de risco para o câncer ginecológico são: histórico familiar, idade, obesidade, hipertensão, diabetes, início da atividade sexual precoce, ausência de gestações e as doenças sexualmente transmissíveis (DST). Toda mulher precisa estar consciente de que o exame de Papanicolaou e a pesquisa do vírus HPV realizado periodicamente, representa uma estratégia de rastreamento do câncer ginecológico (colo uterino), sem contar o fator prevenção.

Os métodos contraceptivos permitem a vivência da sexualidade de forma saudável e segura. O preservativo é o único método que, simultaneamente, protege contra as infecções de transmissão sexual. Mas, atualmente, existem diversos métodos, incluindo: contracepção hormonal oral, contracepção hormonal injetável, implante, adesivo, dispositivo intrauterinos, preservativo masculino, preservativo feminino, diafragma, anel vaginal, métodos cirúrgicos, espermicidas, abstinência periódica e a contracepção de emergência.

O grau de eficácia varia de método para método. Em alguns casos, como com a pílula e o preservativo, o grau de eficácia depende da forma correta e continuada de utilização do método. Alguns possuem contraindicações e efeitos colaterais. Assim, nenhum contraceptivo é o ideal para todas as pessoas, sendo necessário que a mulher procure a nossa orientação para utilizar aquele que será melhor para o seu organismo.

A menopausa é o período fisiológico após a última menstruação da mulher, em que estão encerrados os ciclos menstruais ovulatórios. O início da menopausa só pode ser considerado um ano após o último fluxo menstrual, que geralmente acontece em torno dos 48 aos 50 anos de idade.

Nesta fase, algumas mulheres podem sentir ondas de calor, acompanhadas de transpiração, tonturas e palpitações; suores noturnos prejudicando o sono; depressão ou irritabilidade; alterações nos órgãos sexuais, como coceira, secura da mucosa vaginal; distúrbios menstruais; diminuição da libido; desconforto durante as relações sexuais; diminuição do tamanho das mamas e perda da firmeza; diminuição da elasticidade da pele, principalmente da face e pescoço; aumento da gordura circulante no sangue; aumento da porosidade dos ossos tornando-os mais frágeis.

Por isso, é de extrema importância que a mulher se prepare para esse período, adotando uma dieta saudável desde cedo, praticando exercícios e evitando hábitos nocivos, como fumar e abusar de bebidas alcoólicas e não deixar de comparecer nas consultas com o ginecologista.

O climatério representa a transição da vida reprodutiva para a não reprodutiva, caracterizado por alterações metabólicas e hormonais que trazem mudanças envolvendo o contexto psicossocial. Dentro deste período de tempo, é possível dividi-lo nos períodos: pré-menopausa, perimenopausa e pós-menopausa.

Devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários, a insuficiência ovariana é secundária ao esgotamento dos folículos primordiais que constituem o patrimônio genético de cada mulher. A diminuição dos níveis hormonais é um fato que ocorre com todas as mulheres e se inicia ao redor dos 40 anos.

Os sintomas do climatério apresentam prevalência extremamente variável, sofrendo interferências de fatores como dieta, do clima e até, impacto emocional causado pelas mudanças. De cada quatro mulheres, pelo menos três experimentam sintomas desagradáveis no climatério. As ondas de calor resultantes de sintomas vasomotores são os mais típicos; estão presentes em 60% a 75% delas.

Site em Inglês »